Uma das coisas que os simpáticos senhores do PPL dizem quanto ao marketing da campanha de crowdfunding é que os primeiros apoiantes de qualquer projeto são as pessoas na sua rede social.
Aproveitando a sua dica, na primeira parte da campanha, usei essencialmente contactos de email e facebook para fazer a publicidade ao projeto.
Se vão fazer uma campanha de Crowdfunding, um vídeo que vocês TÊM de ver é este:
Então, aqui vão as coisas que eu tenho feito até agora 🙂
Vídeo
Criei um vídeo com a ajuda dos meus amigos e eles entram no vídeo. É uma coisa algo relacionada com o nosso zeitgeist (por exemplo o video clip do hit do Pharrel Williams “Happy” – e também o surgimento de aplicações a one second daily cam ou redes sociais como o Vine) – mas também com o facto do nosso attention span estar cada vez mais curto), mas também permitiu que o vídeo não fosse apenas comigo e que tivesse uma mensagem além daquela que eu queria transmitir verbalmente: é que estou a contar histórias de outras pessoas (reais e imaginadas) e por isso há um pouco da sua voz nos meus contos.
O vídeo é aquilo que outras pessoas com campanhas de Crowdfunding bem sucedidas indicaram como o mais relevante para o sucesso da campanha.
O meu vídeo da campanha não teve muitas visitas – o youtube detetou cerca de 60 visualizações agora mesmo quando o fui consultar – e reparem que uma boa parte destes hits devo ter sido eu a ver se dava com o link para enviar para outros 🙂 como agora 🙂
No entanto, a verdade é que apesar de já termos atingido o objetivo da campanha, ainda não sai muito da minha “zona de conforto”, ainda não publicitei a campanha fora da minha rede social.
Tudo o que vocês podem ler sobre o Facebook e outras redes sociais é que há um overload muito claro de informação. Está toda a gente a querer passar uma mensagem, toda a gente a querer vender algo.
A partir do momento em que vocês fazem uma campanha de crowdfunding, também estão a vender alguma coisa.
Ou seja: porque raio é que alguém vai prestar atenção àquilo que vocês estão a dizer e a vender, especialmente se for para PEDIR alguma coisa?
Para mim a chave é não pedir, é oferecer algo. (a propósito esta é a filosofia que eu defendo com os meus estudantes quando eles estão à procura de emprego).
Então, no início da campanha o que eu fiz foi apenas informar que a campanha estava iniciada e dei o link para apoiar a mesma. Este post da página do projeto, o Personificcionar e paguei uma quantia (15€) para promover o post.
Vários amigos meus que já sabiam desta campanha que estava em eminência há mais de um mês publicitaram o link nas suas próprias páginas. (ah! Sim! também avisei que ia começar a campanha em vários sítios, facebook, blogs, etc. e pedi a várias pessoas para se irem filmando a dizer “eu a ti, contava-te uma história” como forma de promover a campanha 🙂 Tenho vídeos TÃO giros!!)
Acho que o “boost post” não teve um retorno económico imediato: daqui não resultaram contributos para o o projeto; mas a visibilidade do mesmo aumentou exponencialmente. Tinha mais ou menos 450 fãs na página antes do post e agora tenho mais ou menos 650. Acho que valeu a pena como investimento a longo prazo, mas não no imediato.
No primeiro dia recebi várias mensagens a perguntar como se fazia o pagamento no PPL – que é bastante simples e eles até explicam numa página específica; mas para poder responder com mais facilidade e porque sou de opinião que o foco deve estar no cliente (afinal já se nota que o meu doutoramento é em ciências empresariais) criei esta imagem:
Depois disso, comecei a colocar online todos os dias um agradecimento às pessoas que tinham colaborado como projeto. Só isso, um agradecimento. Como sou uma pessoa “muito visual”, comecei a adicionar a esse agradecimento (que não queria fosse uma coisa chocha e banal) algumas imagens e frases. Tipo estas:
Depois comecei a fazer disto uma espécie de “tradição” e todos os dias, no final do trabalho, estou a postar uma imagem com uma mensagem de que gosto e a partilhar os novos membros do meu “clube de crowdfundadores” 🙂 (do qual tenho mesmo muito orgulho!).
Tentei que a partilha fosse apenas uma vez por dia, para não cansar demasiado as pessoas; as imagens com uma mensagem têm a grande vantagem de acrescentar algo de novo e de partilhável, que não é apenas o facto de ter mais x apoiantes ou x% do objetivo cumprido.
Já depois de ter começado a campanha, quando encontrei a Editora Chiado no Facebook, percebi que esta é também a estratégia de marketing deles no facebook. E vale a pena espreitar.
Na sexta-feira, 13 de junho, lua cheia (uuuhhhhh!) o dia amanheceu com 90% do objetivo cumprido; nesta última fase, tentei postar uma contagem decrescente mais ou menos “em direto” e foi o dia em que mais “massacrei” a página. E foi uma emoção enorme, confesso 🙂 Foi um dia cheíssimo de alegrias, que culminou com uma apresentação das histórias ao vivo (que estava programada há meses) e amigos.
Até ao final da campanha, a ideia para já é ir mantendo esta rotina.
Para já, tudo o que tenho fiz com o email foi informar os meus contactos de que a campanha estava iniciada e que o livro ia acontecer.
Aproveitei a oportunidade para dizer um “olá” às pessoas com quem já não falo há muito tempo e ao mesmo tempo para agradecer o seu input na minha vida – e direta ou indiretamente no livro.
Na verdade, enviei o email mais por descargo de consciência e porque as equipa do PPL indicava como boa prática; o retorno para o projeto existiu, sim, mas essencialmente foi uma ótima oportunidade para reestabelecer contacto com pessoas que já não vejo há muito tempo e que não têm facebook. O que por si só já fez valer a pena 🙂 o título deste email foi “boas notícias” – porque enfim era mesmo isso que eu queria comunicar 🙂
A partir de agora, provavelmente vou manter os meus crowdfundadores a par das novidades do projeto com um mail semanal.
Outras ideias
Ainda explorei muito pouco os media, e suponho que esse é o próximo passo. Este mês tenho duas apresentações de histórias (uma foi no dia 13) e a próxima é no dia 21, no Centro Budista do Porto.