“Getting Things Done” é o nome de uma metodologia e de um livro desenvolvidos por David Allen, que é um consultor internacional na área da produtividade.
Li o livro dele há uns anos e achei muito giro, mas também pouco prático. Tentei implementar, mas gastei imenso tempo a escrever coisas e não deu grandes frutos. Este ano voltei à carga, mas à minha maneira.
Pouco tempo depois de ter lido o livro pela primeira vez comecei a conhecer pessoas muito eficazes que seguiam a metodologia dele e lhe atribuíam uma parte do seu sucesso. Fiquei curiosa, porque eu tinha achado uma coisa tão pesada e difícil de implementar!…
Então ano voltei a pegar na obra, desta feita com um audiolivro.
Decidi fazer este processo, mas à minha maneira, já que o autor sugere fazer a implementação do processo em dois dias seguidos (não é muito diferente da abordagem imersiva da Marie Kondo); eu estou há cerca de uma semana e meia a fazer o que ele chama de “Brain Dump”: coloco numa lista todas as coisas que me preocupam ou “luzinhas que se acendem” com “devia…” (devia ir à loja do cidadão, devia mandar o abstract do meu paper para a revista, devia ligar à minha amiga, etc.). Como gosto mais do formato digital do que papel, estou a anotar nos meus lembretes do telemóvel tudo o que me ocorre, no momento em que me ocorre. Nada escapa, das coisas mais prementes às mais insignificantes.
Esta coisa aparentemente simples está a ter um enorme impacto não só na minha produtividade, mas também no meu nível de stress e capacidade de estar presente no momento presente (mindfulness), na medida em que fico descansada que estando as coisas listadas num local de fácil acesso e que eu sei que vou consultar com regularidade, não vão ficar esquecidas até ser tarde demais. Por outro lado quando estou um pouco mais livre, tenho um rol de opções de coisas importantes (ou pelo menos que para mim são importantes) e que eu posso fazer.
Quando estou a aguardar qualquer coisa, numa viagem de transportes públicos, a fazer uma pausa de outro trabalho, olho para a lista e vejo se poderei fazer alguma coisa do que lá está.
Como consequência, sinto que estou a “desempancar” tarefas super adiadas mas importantes, que consigo estar mais relaxada quando tenho de tomar conta do João porque não sinto que me esteja a escapar algo de importante que eu devia estar a fazer/já devia ter feito, e sinto que tenho dedicado tempo para as coisas que são realmente importantes de um ponto de vista pessoal e profissional.
Recomendo!
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