Uma das coisas que frequentemente diminui a produtividade das pessoas (e no meio académico isto acontece IMENSO) é a vontade de fazer uma coisa muito bem que se transforma numa demora crescente na entrega de resultados… que muitas vezes se transforma na não entrega de resultados de todo. O conceito de MVP (minimum viable product) pode ajudar neste contexto.
De acordo com a Wikipedia, o minimum viable product (MVP) é a versão de um produto que tem apenas as características que são suficientes para os primeiros clientes usarem e depois poderem dar um feedback de melhoria para o desenolvimento do produto.
A grande vantagem desta abordagem é que permite produzir de facto algum material e depois ir interativamente criando versões do produto ou serviço que se está a desenvolver e que pode ser melhorada e otimizada com o feedback de utilizadores, permitindo eliminar erros que não são evidentes para quem desenvolve um produto.
Este conceito é especialmente útil e utilizado com start-ups, mas pode ser também usado com contextos em que as pessoas têm de trabalhar em equipa – evita que as pessoas comecem a procrastinar e consigam avançar com os projetos.
Por exemplo, uma das coisas que mais vejo acontecer com estudantes de mestrado na sua dissertação é que começam a adiar porque querem entregar “uma coisa mesmo bem feita” e depois quanto mais tempo levam maior a pressão que sentem para entregar esse mesmo produto, que a partir de certa altura se assume que tem de ser quase perfeito para entregar (porque já se adiou imenso a entrega). Não seria melhor simplesmente assumir que se vai entregar uma versão imperfeita mas funcional e depois fazendo melhorias incrementais ao longo do tempo?
Em termos de trabalho, frequentemente o que está “feito é melhor que perfeito”, esta é sem dúvida uma abordagem que pode desbloquear muitos processos e projetos.